Como ser estrangeiro no estrangeiro sem perrengues

Como ser estrangeiro no estrangeiro sem perrengues

Como ser estrangeiro no estrangeiro pode ser um desafio e tanto, se você não estiver atento a alguns detalhes. Mas, em geral, é uma experiência incrível. Uma constatação é que estar no estrangeiro é uma forma de ser diferente, sem mudar seu jeito de ser. E é bem legal ser diferente às vezes e se relacionar com pessoas e ambientes diversos. Mas para ser melhor ainda, algumas adaptações podem ser necessárias. Os brasileiros tem comportamentos bem peculiares quando estão no Brasil e quando estão fora do país. Talvez isso aconteça com todo mundo e não seja uma característica só dos brasileiros. Esse post vai abordar temas polêmicos, às vezes até indigestos, mas muito úteis pra quem está viajando por aí. O fato é que para uma convivência saudável e prazeroza no estrangeiro, tivemos algumas percepções e aprendizados que nos ajudaram bastante e compartilhamos aqui. Ah, comentários são super bem vindos e lembre de se inscrever no blog para receber todas as novidades em primeira mão!

Eficiência x Simpatia

Cena no centro de Quito - Equador
Cena no centro de Quito – Equador

Os brasileiros valorizam muito a simpatia, a atenção, cortesia e bom humor. Quando num restaurante, por exemplo, se o garçom for todo simpático e atencioso, podemos até tolerar uma certa demora para receber os pedidos (provavelmente não seja o caso de nós paulitas). Ainda damos gorgetas. E também procuramos ser simpáticos e solícitos com todos, sempre. É da nossa natureza tentar agradar. Queremos ser legais e queridos. É um traço bem positivo e muito típico de nós brasileiros.

E, infelizmente, por outro lado, nem sempre somos tão eficientes. Muitos brasileiros (não todos, é claro) atrasam, esquecem, demoram, marcam e não aparecem. Com os gringos é diferente (lógico que há exceções). Pelo menos nos países onde estivemos, eles valorizam a eficência, a pontualidade e entregar exatamente o que foi prometido. Mas não conte com show de simpatia e amabilidade. No máximo, espere educação. Em geral são mais sérios, formais e demoram pra entender tiradas de bom humor ou piadas. Falando da vida real (e não do “mundo Disney”, que, aliás, adoro). Então para ser estrangeiro no estrangeiro é importante estar atento a essa particularidade e disposto a trocar simpatia por eficiência. Preferimos os dois, não é mesmo?

O Tradicional chorinho e a saideira

Bar em Arequipa - Peru
Bar em Arequipa – Peru

No Brasil, sempre que a galera faz um happy hour e toma várias cervejas, ou chopp, ou seja lá o que for, é comum pedir a “saideira”. A tal “saideira” é, na verdade, a última rodada de bebidas por conta da casa. E é comum no Brasil que a casa concorde e, de fato, conceda uma rodada grátis. Tem também o “chorinho”, que é ao servir uma bebida, em geral destilada, pede-se um pouquinho mais (de graça é claro). Não espere isso no estrangeiro. Tudo que você pedir, não importa quanto já tenha consumido, você terá que pagar. Essa história de rodada por conta da casa só existe nos filmes americanos, mesmo assim muito raros. Logo, para ser estrangeiro no estrangeiro evite essa gafe de pedir a saideira ou o chorinho. Não vão nem te entender. Seria ótimo se entendessem…e concordassem.

Nacionais x Estrangeiros

Comeoração do Inti Raimi em Cusco - Peru
Comemoração do Inti Raimi em Cusco – Peru

Nas nossas andanças pelos países Sul americanos, foi bem comum perceber algumas diferenças de preços entre cidadãos nacionais e estrangeiros para acesso a algumas localidades. Nos pontos turísticos, ou mesmo reservas, parques etc.,os “locais” tem preços menores do que os cobrados dos estrangeiros. Ou seja, o visitante estrangeiro paga mais caro que o que tem cidadania do próprio país. Se é correto ou não, não cabe juízo de valor, mas apenas é uma constatação. Não me lembro de ter visto isso no Brasil. Tem tantas experiências legais por aí, que isso é um detalhe, mas existe.

Barganhas, pechinhas e afins

Feira de artesanato de Otavalo - Equador
Feira de artesanato de Otavalo – Equador

Uma das coisas que brasileiro adora fazer no exterior é compras. Sempre que encontramos um compatriota no estrangeiro, percebe-se a necessidade, quase obsessiva de comprar e de obter descontos. Nada contra querer pagar mais barato. O curioso é que, muito frequentemente, isso acontece quando estão em localidades bem mais pobres. Querem descontos de centavos, como se o artesão, o vendedor etc., tivesse margens gigantescas para negociar. Ao mesmo tempo não se percebe esse comportamento, quando estão em cidades caras, como Ushuaia, Paris, Gramado, Puerto Varas, Punta Del Leste etc. Salvo alguns países, onde é cultural a tal negociação (em alguns países árabes, por exemplo, suponho), na maioria dos lugares o preço é o que é.

Intimidade x Formalidade

Desfile Dia do Trabalhador em Quito
Desfile Dia do Trabalhador em Quito

Outra coisa bem interessante de muitos brasileiros é a rapidez com que se acham íntimos de alguem. Em 15 minutos que o brasileiro conhece alguém, ja está falando de coisas bem pessoais, tirando sarros, fazendo piada, às vezes sem nenhum filtro. Claro que não se pode generalizar, existem excessões evidentemente. Enquanto o gringo, ouve mais, analisa mais e fala muito pouco das suas coisas pessoais. Para ser estrangeiro no estrangeiro, não espere que as pessoas estejam interessadas na sua intimidade, principalmente te conhecendo em 15 minutos. Então é legal dar uma seguradinha no impulso de falar tudo.

Comportamento dentro e fora do país

Fronteira Brasil – Uruguai

Quando um gringo está no Brasil, os brasileiros em geral o tratam com extrema cordialidade e generosidade. E isso é ótimo! Mas, sim, em algumas situações chega a ser extremo, pois em muitos casos está além do razoável. Um certo exagero, diria. A impressão que se tem é que o gringo pode tudo. Aqui, mais uma vez, não se pode generalizar, mas é o que em geral se deduz quando comparado com o comportamento dos gringos para com os estrangeiros no países deles.

O mesmo gringo que, no Brasil, despirocou, tocou a zoeira, no país dele tem um comportamento completamente diferente. E, via de regra, ele vai tratar um estrangeiro no país dele, de um jeito formal e com limites. Então não espere que quando estiver no estrangeiro, terá o apoio dos gringos pra tocar a zoeira na terra deles. Sim, em geral, você será bem tratado, respeitado, terá atenção, mas tudo com moderação e dentro de certos limites. Então pensa um pouco, antes de enfiar o pé na jaca no país alheio.

Regras de ouro da convivência

Capivara entre jacarés no Pantanal
Capivara entre jacarés no Pantanal

O fato é que, em qualquer lugar, tipo de cultura ou sociedade, há quatro regras básicas de comportamento e convivência. E essas regras vão ajudar muito a ser mais feliz em ser um estrangeiro no estrangeiro:

  • Se quer algo diga a palavra-chave: por favor;
  • Se desculpe, caso tenha cometido um equívoco;
  • Agradeça;
  • Peça licença.

Esse pontos são os alicerces da cordilaidade e, seguramente, ajuda muito a desenrolar diversas situações e se integrar de forma bastante positiva. Isso é um santo remédio. Prova!

Relação com o alcool e drogas

Pisco Sour em Caldera - Chile
Pisco Sour em Caldera – Chile

No Brasil não temos nenhuma restrição legal ao consumo de álcool (exceto no trânsito é claro) e, infelizmente, somos relativamente tolerantes ao consumo de drogas (embora ilegal obviamente). Mas em alguns países o simples porte de drogas, dependendo da quantidade, está sujeito até pena de morte. Quanto ao álcool, no Brasil pode-se consumir em qualquer lugar. Não há proibição da lei. Já em alguns países é proibido o consumo na rua ou lugares públicos. Ou em situações mais extremas, proibido completamente.

Alguns países não vendem nem permitem alcool nas praias. O Uruguai, por exemplo, que avançou da liberação da maconha, não permite venda de bebidas alcoólicas das 00:00h as 6:00h. Atente-se a como cada país lida com esse tema e se dê bem! E quanto a dirigir sob efeito de álcool, a maioria é completamente intolerável. Então fica ligeiro com porte ou consumo de álcool e drogas (Arrrgghhh) em qualquer lugar do mundo. Então se vai manguaçar, se liga nas regras, pra não ter enrosco com a lei.

E pra dirigir em solo estrangeiro

Em primeiro lugar ha que verificar se a CNH brasileira é válida no país, ou se você terá que possuir a PID – Permissão Internacional de Dirigir, facilmente emitida nos Poupa-tempos de São Paulo. Na América do Sul, a maioria dos países aceitam a CNH brasileira, mas é sempre bom se inteirar a respeito. Outra coisa é quanto as normas de trânsito, em geral a sinalização oficial é bem parecida com a nossa, mas os sinais entre motoristas podem ser totalmente contrário ao que estamos acostumados. No Chile, por exemplo, se você estiver na estrada e o carro da frente der seta pra esquerda, significa que pode ultrapassar. No Brasil isso é exatamente o inverso, seta pra esquerda significa para não ultrapassar. É estranho, mas é assim que é. O correto é se informar bem a respeito e curtir o país onde estiver.

Carro brasileiro no estrangeiro

A experiência que temos é em relação a America do Sul. Os trâmites para entrada de veículo brasileiro em outro país é relativamente simples. Em geral a aduana, no serviço de imigração, nas fronteiras, emite um guia de importação. Essa guia também funciona como autorização para rodar no país, ou as vezes eles emitem dois documentos, um de importação outro de rodagem. Mas tem países, como na Bolívia, por exemplo, que esse trâmite é mais complicado, burocrático e até arriscado a apreensão e perda (isso mesmo, perda) do véiculo.

Em alguns países são exigidos seguros obrigatórios (particulares ou públicos), e sempre que os policiais param, eles pedem o tal seguro. Outra coisa é sobre equipamentos exigidos nos veículos, cada um tem exigências específicas, mas que no geral, não foge muito ao Brasil. Argentina, por exemplo, tem exigências mais peculiares (como cabo de aço, correntes etc). Teremos um post só sobre esse tema. Não perca. Enquanto isso, se você pretende ir de carro pra outro país, consulte sempre informações oficiais, como os consulados do país de destino e o Ministério das Relaçoes Exteriores do Brasil

Autoridades e abordagens policiais

Os brasileiros estão bem acostumados ao tal jeitinho com as autoridades, coisa que felizmente parece estar diminuindo. Na nossa experiência o que percebemos é que os policiais no Peru e Bolívia são “mais flexíveis” quanto aos jeitinhos, coisa que, pessoalmente, abominamos completamente. Ja na Argentina, todas as vezes que fomos abordados por policiais em nenhum momento houve qualquer insinuação. No Chile a tentativa de corromper um policial é entendida como uma questão de honra e a pessoa pode ser presa imediatamente. O fato é que cada país tem uma forma diferente de proceder e conduzir o asunto, muito baseado no rigor da sua lei e na força da sua cultura. Na nossa experiência, sempre que fomos abordados por policiais e autoridades, tudo se passou da forma mais cordial e respeitosa. Por isso para ser um estrangeiro no estrangeiro sem problemas, tenha em mente duas coisas:

  • Ter certeza de estar absolutamente dentro da lei e assim estar menos vulnerável a “jeitinhos”;
  • Pesquisar muito sobre cada país quanto a relação com autoridades.

Caso você tenha algum problema com a lei, busque contato imediato com autoridades brasileiras, como Embaixadas e Consulados, e busque se informar sobre tratados internacionais. E atenção: nunca sob hipótese alguma ofereça ou aceite suborno.

Comer bem e o suficiente

Buffet da Cafehaus Gloria em Blumenau
Buffet da Cafehaus Gloria em Blumenau

Nós brasileiros temos uma das mais ricas gastronomias do mundo. Somos experts em combinar ingredientes, aromas e sabores. Somo feras nisso! Também, e infelizmente, somos pródigos em desperdícios.. Mesmo sabendo que muitos brasileiros mal tem o necessário para sobreviver e alimentar a família. Alguns brasileiros parecem ver com naturalidade jogar montanhas de comida fora. No estrangeiro, pelo menos nos países onde estivemos, isso é pessimamente percebido. Então evite! Peça o suficiente, e consuma tudo. La fora ou aqui no Brasil. Na larica, qualquer porçãozinha faz falta.

Todo mundo adora brasileiro. Será?

É muito comum alguem ir para o exterior e voltar dizendo que “eles adoram os brasileiros”. Como dito, os brasileiros amam compras e costumam gastar bastante no exterior, então, pra quem vende, os brasileiros são sensacionais. Pode parecer chocante, mas sinceramente, tivemos longos períodos no estrangeiro, convivendo com a população local, e o tratamento sempre foi amistoso, com simpatia e hospitalidade, mas nada demais. Ou seja, tudo dentro da normalidade esperada. No dia a dia, claro que o tratamento é respeitoso e cordial, mas não existe essa de “eles adoram os brasileiros”. Aliás em muitos casos, temos péssima reputação, principalmente quanto a violência, prostituição, degradação do meio ambiente e a famigerada corrupção.

Então, ser estrangeiro no estrangeiro é ver a realidade como ela é, e não achar que somos ídolos de alguém. Não somos! Por outro lado, nosso jeito espontâneo, simpático e cordial nos possibilita uma boa receptividade, pois nossa fama de país pacífico e hospitaleiro joga a nosso favor. Verdade também que encontramos muita gente simpática, receptiva, alegre, que nos recebe super bem. Mas daí a sermos adorados, tem uma certa distância. Melhor baixar as expectativas, somos “da hora” mesmo, mas deixa os gringos mesmos verbalizarem.

Sim a “esperteza” existe em todo lugar

Cena em estrada da Amazonia peruana
Cena em estrada da Amazonia peruana

Muitas vezes, temos a equivocada impressão de que o simples fato do cara ser gringo, ou não ser brasileiro, faz dele uma pessoa honesta. E não é bem assim. É bem verdade que em termos de “esperteza”, alguns brasileiros são mestres. Qualquer situação é motivo pra tirar proveito próprio, muitas vezes em detrimento do bem coletivo. Mas esses comportamentos existem em quase todos os lugares que estivemos, variando para mais ou pra menos (principalmente na América). E até na Europa e Estados Unidos já percebemos situações de esperteza.

Tenha em mente que o fato de ser estrangeiro nos coloca numa certa posição de vulnerabilidade. Ha barreiras de idiomas, entedimentos das leis, assimilação dos costumes, compreensão de hábitos e jargões e tudo isso pode nos tornar potenciais presas dos espertos. Principalmente em situação de câmbio de dinheiro, compra de produtos a distância, falta de formalidade, hospedagem real diferente da anuncida, pacotes, horários, ou jetinhos. Tudo isso costuma ser uma pedra no sapato. Fica esperto quanto a isso e faça da sua viagem uma lidna experiência. Mas um regra é básica sempre: jamais ofereça ou aceite suborno…em qualquer lugar do mundo. Fuja dos espertos e nem queira ser um. Aí sim é vida!

Homem, mulher

Cenas do cotidiano feminino a força (e/ou exploração?) da mulher andina
Cenas do cotidiano feminino a força (e/ou exploração?) da mulher andina

Sabemos que cada vez menos ha espaços para atitudes machistas ou misógenas! Essa, felizmente, tem sido a tendência global, muito embora, ainda há muito que avançar. Nos países da América do Sul, há, em alguns lugares, comportamentos bem peculiares de comunicação com a mulher. Se, por exemplo, num casal, a mulher pede informações, é muito comum a outra pessoa (independente do gênero) responder se dirigindo ao homem. Isso aconteceu inúmeras vezes, é meio embaraçoso, mas é o costume em alguns lugares, especialmente em algumas regiões da América do Sul mais afastadas das grandes cidades. Não percebi como machismo, mas como respeito ao marido, companheiro, nao sei. Embora, claro, também tenha estranhado. Mas nem todos entendem dessa forma e a mulher brasileira pode se sentir ofendida. Em muitas localidades, também percebemos as mulheres com as atribuições mais pesadas. Principalmente nos Andes. Tarefas como carregar coisas pesadas, pastorear o rebanho, trabalhar na lavoura, enquanto os homens dirigem tuc-tucs, taxis, ônibus, são garçons, corretores, cozinheiros…e assim vai. É sim tratamente diferente.

O time da piada

Outra coisa bem curiosa é que os brasileiros são especialistas em fazer piadas instantâneas pra quase tudo a qualquer momento. Nosso bom humor (as vezes até macabro) é notório. Isso inclusive nos ajuda a transmitir uma imagem de simpatia. Na convivência rotineira com estrangeiros, nem sempre as piadas são entendidas de imediato. Então você faz um comentário perpicaz e engraçado, na esperança que provocará rissos. E tem como resposta uma cara de interrogação. É que, aparentemente, os estrangeiros tem dificuldades de separar o que é sério do que é brincadeira. Não tenho estatísticas sobre isso, mas essa é a impressão.

Qual a recomendação? Entender a cultura local. E pra não ter constrangimentos, evite qualquer tipo de piada que possa soar como preconceito ou mesmo ofensa. Entenda que há uma linha muito tênue entre a brincadeira e a ofensa, entre o humor e a agressividade, quando nos relacionamos com culturas diferentes. Não que as pessoas de outros países não gostem de piada ou não tenham senso de humor, é que o estilo de piadas e motivos para acharem engraçado estão baseados em outras variáveis. Sei que é difcícil para um brasileiro ter que pensar nas consequências da piada, antes de fazê-la, mas é o melhor jeito de evitar pagar mico.

O não e o sim

Aviso de proibição ao navios ingleses de atracar no porto de Ushuaia, devido a Guerras das Malvinas
Aviso de proibição ao navios ingleses de atracar no porto de Ushuaia, devido a Guerras das Malvinas

É fato que os brasileiros tem dificuldades em dizer “não”. Parecem ter um antagonismo natural ao “não”. Quando é absolumente necessário negar algo, os brasileiros parecem não saber como fazer. Enquanto os gringos, normalmente, dizem “não” com muita naturalidade. E tem-se a impressão que ao ouvir o “não” de forma tão objetiva e direta, os brasileiros parecem se incomodar, ou enteder como grosseria, descortesia, má vontade. Mesmo para alguma coisa que está explicita que é “não”. Mas o que é simples para o gringo também é (ou deveria ser) para o brasileiro. Se algo não pode ser feito, a resposta é simples: Não!

Curiosamente, os “brazucas” tentam atenuar, amenizar, suavizar o “não”. Isso é positivo, mas não pode impedir de se dar uma resposta objetiva. Às vezes, ao se relacionar com o gringo e ter que dizer “não”, o brasileiro usa esse mesmo comportamento e o cara não sabe exatamente qual foi a resposta, se é “não”, “sim” ou “talvez”. Tente dizer “não” de forma simples, objetiva e direta, mas claro com educação e você vai se ligar que sua vida será bem mais simples, principalmente fora do país.

Outros detalhes que ajudam muito…se liga

Borboletas de Tingo Maria - Peru
Borboletas de Tingo Maria – Peru
  • Sim, nós nos eforçamos pra entender os gringos, mas não é comum no exterior, grandes esforços para entender outro idioma além do inglês (espanhol, no caso da America “espanhola”), portanto há chances de você parecer ser ignorado.
  • O dólar é bem aceito na maioria das grandes cidades, mas, diferente do que muitos acham, ele não é moeda universal e nem todos lugares aceitam cartão de débito como no Brasil.
  • Não, não coloque uma pedra pra reservar seu lugar na fila.
  • Também não coloque o seu carrinho na fila do supermercado enquanto faz compras.
  • Deixe tudo onde está, em ruínas, lugares históricos, turísticos etc., não leve uma pedrinha, um pedacinho do muro, um tequinho da grama…Para! Você não precisa disso e o mundo precisa do lugar inteiro.
  • Cara, desnecessário dizer que o meio ambiente é sagrado, não é? Preserve!
  • Não, o gringo não vai gostar de você entrar na frente dele para assistir algo, se ele chegou primeiro que você. Se toca!
  • Independente de onde esteja, conheça seus direitos e, principalmente, os deveres.
  • Todo o país se considera o mais bonito do mundo.
  • O futebol brasileiro é importante, mas está longe de ser uma unanimidade.
  • É real que muito do que chega la fora sobre nós, é sempre negativo. O seu comportamento talvez ajude a reverter essa imagem.
  • Muitos países (acredito que a maioria) “regra é regra”.
  • Os gringos também tem falhas e todos países tem defeitos, assim como todos tem acertos e virtudes, inclusive o Brasil.
  • Seria lindo se muitos brasileiros tivessem no Brasil o mesmo excelente comportamento que têm no exterior.

Felicidade é uma questão de ser! (Marcelo Jeneci)

Reginaldo Costa

Meu nome é Reginaldo de Almeida Costa (meus amigos e familiares me chamam de Tecko), sou Executivo de Recursos Humanos, autor do livro “Resenhas de Caminhonete”, amante de leitura, cultura, artes, esportes, entusiasta da defesa do meio ambiente, populações indígenas e povos originários, defensor da causa animal e também pirado em viagens. Acredito fortemente que o ser humano é capaz de coisas incríveis. Me considero um lutador por um mundo melhor, sou praticante de esportes, razoável jogador de futebol, aprendiz de cozinheiro, péssimo dançarino. Dispenso videogames, mas respeito quem gosta. Tenho um currículo invejável como excelente jogador de bolinha de gude, melhor construtor de pipas, radical piloto de carrinhos de rolemã, fanático por sorvete de massa (aquele das abelhas), que evoluiu aceleradamente para skatista amador. Sou poeta de whatsapp, cartunista de guardanapos, fazedor de risoto, escritor noturno e “bloguista”. Considero que viver a vida ainda é o melhor jeito de ser feliz! Muito prazer!

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