Aventura ao Salar de Uyuni

Aventura ao Salar de Uyuni

Uma aventura ao Salar de Uyuni é uma daquelas experiências que todos que gostam de viagens deveriam ter.

Chegamos a San Pedro de Atacama, subindo toda a Cordilheira dos Andes, desde de Ushuaia. Após pesquisar todos os trâmites pra entrar de carro na Bolívia, preferimos contratar uma excursão cruzando o Deserto Salvador Dali e deixando a caminhonete em San Pedro. São 440 Km e mais de oito horas de viagens. Um dos percuros mais incríveis que passamos e que adoramos comparilhar. Da uma olhada nas fotos desse post e tire suas próprias conclusões. Ah, comentários são super bem vindos e lembre de se inscrever no blog para receber todas as novidades em primeira mão!

Assim que chegamos em San Pedro, fomos em busca de um hostel. Encontramos um que, coincidentemente (ou não), era da mesma dona de uma das operadoras das excursões off-road até o Salar. Procedimentos realizados, tudo preparado, fomos para o sagrado happy hour e depois descansar, pois a partida seria na madrugada no outro dia cedo.

Uma aventura ao Salar de Uyuni – Entrada na Bolívia.

Serviço de imigração e aduana bolviano na fronteira com Chile em S. Pedro de Atacama
Serviço de imigração e aduana bolviano na fronteira com Chile em S. Pedro de Atacama

Na aventura ao Salar de Uyuni, a primeira etapa seria a entrada na Bolívai. Na aduana boliviana uma extensa fila de gringos do mundo todo, incluindo alguns raros brasileiros. O escritório de imigração era simples, situado numa pequena casa sem reboco, coberta com telhas de amianto e com tijolos em cima das telhas, provavelmente para não caírem, ou voarem com o vento. Ao lado uma bandeira boliviana hasteada, tremulando, mostrando sua soberania. Ao entrar na sala de imigração, uma foto de Evo Morales parecia dar as boas-vindas, embora um tanto ameaçadora. Ao lado cartazes informavam: cidadãos de determinados países deveriam pagar uma taxa de entrada. Não constava o Brasil.

Os fiscais examinaram os documentos, carimbaram inúmeros papéis e disseram que brasileiros estavam sujeitos ao pagamento das taxas. Não era verdade, já sabíamos. O Brasil não constava no rol de nações obrigadas a pagar, dissemos, e mesmo se fosse assim não fizemos câmbio e, portanto, não tínhamos dinheiro. Aliás, era verdade, pois a agência chilena nos orientou que não havia nada a ser pago. Resmungando e com mal humor, nos liberou para entrar, e com um grunhido nos deram as boas-vindas a Bolívia.

Laguna Verde

A linda Laguna Verde
A linda Laguna Verde

Como parte dessa incrível aventura ao Salar de Uyuni, Laguna Verde, 17 Km2 de superfície de uma linda lagoa de cor meio esverdeada com azul turquesa formada pelo excesso de Magnésio, acima de 4.500 metros acima do nível do mar, onde reina majestoso o Lincancabur.

Deserto Salvador Dali

Deserto Salvador Dali
Deserto Salvador Dali

A aventura ao Salar de Uyuni é pelo Deserto Salvador Dali, uma justa homenagem ao pintor catalão. Rochas em formas surrealistas esculpidas pela erosão dos ventos, realmente dão a impressão de ser parte de uma obra do genial artista espanhol, enquanto parecemos estar na superfície de um outro planeta.

Laguna Colorada

Laguna Colorada...indescritível
Laguna Colorada…indescritível

O deserto sem fim trazia surpresas, agora a Laguna Colorada. É tudo água salgada. O vermelho é a pigmentação de um tipo de alga, adorada pelas colônias infinitas de flamingo rosados.

Villamar Mallcu

Nessa parte do trajeto a Uyuni, a caravana passa por uma verdadeira exposições de esculturas naturais formadas pelo vento sobre as rochas, que integrando com lençois d’água e vegetação localizada, oferece uma visão maravilhosa.

Villamar Mallcul, um povoado, quase uma aldeia, no meio do deserto. Pouquíssimas casas. O grupo foi recebido em uma espécie de alojamento, onde todos se instalaram. Escassos banheiros e chuveiros para atender a toda a caravana. Na sala maior, em uma outra construção no mesmo quintal, separada dos quartos e dos banheiros, o cheiro delicioso de comida local preparada na hora seduzia a todos

Cenas de Villamar e nossas caras de abismasdos
Cenas de Villamar e nossas caras de abismasdos

Habitantes do percurso

São diversos “habitantes” deste percurso preenchendo o trajeto com a força da vida, beleza e sensibilidade da natureza. Camelídeos, aves e masurpiais são algumas das espécies de animais que vamos enconttrando ao longo do caminho. Os enfeite nas orelhas das lhamas é para idendificar a qual rebanho pertence e não tem na a ver com aspectiso religiosos, como alguns dizem.

San Cristobal

San Cristobal - cidade boliviana no meio do deserto
San Cristobal – cidade boliviana no meio do deserto

Na avendura ao Salar de Uyuni, uma pequena cidade no meio do deserto boliviano é parada para descanso dos “viajeros”, uma pausa e quebrar o rítimo da viagem. O principal atrativo é uma feira de artesanato e culnária local. Lãs de lhama é a matéria prima de blusas, casaco, cachecóis, gorros, meias, luvas. Tudo de todas as cores, tamanhos e formatos. Numerosas barracas de comida local, com destaque para uma espécie de picadinho de carne de lhama, saboroso, mas, confesso, dá dó de comer. No caso de algumas pessoas, elas têm nojo mesmo. Não é o meu caso.

Cemiterio de Trens

Cemitério de Trem - Bolívia
Cemitério de Trem – Bolívia

O Cemitério de trem, no trajeto para Uyuni, é uma parada, quase, obrigatória e apresenta um pouco do tão conhecido descaso com a coisa pública, que lá como cá, se faz bem presente. É sim um testemunho da época punjante da nação boliviana, mas o mais incrível seria ter toda essa estrutura funcionando em prol do povo boliviano.

Amanhecer no Salar

O sol começa a despontar no horizonte, uma infinidade de cores para todos os lados. Lembra um fogo denso com nuances de verde, azul e violeta. As pessoas perdem a fala com aquela visão…e pelo frio.

Coisas incríveis acontecem

O imenso e infidável deserto de sal com uma fina camada de água cria efeitos e ilusões óticas impressionantes. As pessoas de todas as idades parecem voltar a ser crianças, divertindo-se e escolhendo as poses mais surpreendentes para fotos inesquecíveis.

O Restaurante de Sal

No meio do salar, onde está o ponto do Rally Paris Dakar, edição boliviana, está também um bonito e aconhegante restaurante feito completamente de sal. Uma construção incrível, não só por de ser de sal, mas também pelol bom gosto.

O efeito do salar

Carros 4x4 no salar
Carros 4×4 no salar

O salar produz efeitos visuais impressionantes. Os carros, as montanha ao longe, a água, o horizonte, as pessoas. Tudo trazendo uma experiência inesquecível não só aos olhos, mas ao coração.

Como ir de San Pedro de Atacama a Uyuni

  • O valor – ja considerando taxas de imigração foi de US$ 370,00 para duas pessoas, incluindo alimentação e hospedagem. Fizemos um comparativo se fôssemos por nossa conta e concluímos que valia a pena. Ainda deixaríamos a caminhonete guardada numa garagem fechada, e de graça, na casa da dona do hostel. Em San Pedro ha várias opções para o Salar de Uyuni.
  • Quem opera – em San Pedro de Atacama há várias operadora de turismos que oferecem o trajeto ao Salar.
  • Quanto tempo dura – a Expedição de San Pedro ao Salar é de três dias.
  • A comida – é simples e, no nosso caso, ja estava dentro do pacote.
  • Perrengues – uso dos banheiros é bem complicado, além de muito sujos são pagos (R$ 0,50).
  • Conforto – a viagens nos 4×4 é apertada e bem desconfortável, mas é possível sobreviver.
  • Hospedagem – muito simples, mas limpas.
  • Hospitalidade – no caso dos bolivianos que encontramos ao longo do trajeto, forma todos muito simpático, já não se pode dizer o mesmo do nosso motorista, educado, mas sempre dando a impressão de má vontade.

Reginaldo Costa

Meu nome é Reginaldo de Almeida Costa (meus amigos e familiares me chamam de Tecko), sou Executivo de Recursos Humanos, autor do livro “Resenhas de Caminhonete”, amante de leitura, cultura, artes, esportes, entusiasta da defesa do meio ambiente, populações indígenas e povos originários, defensor da causa animal e também pirado em viagens. Acredito fortemente que o ser humano é capaz de coisas incríveis. Me considero um lutador por um mundo melhor, sou praticante de esportes, razoável jogador de futebol, aprendiz de cozinheiro, péssimo dançarino. Dispenso videogames, mas respeito quem gosta. Tenho um currículo invejável como excelente jogador de bolinha de gude, melhor construtor de pipas, radical piloto de carrinhos de rolemã, fanático por sorvete de massa (aquele das abelhas), que evoluiu aceleradamente para skatista amador. Sou poeta de whatsapp, cartunista de guardanapos, fazedor de risoto, escritor noturno e “bloguista”. Considero que viver a vida ainda é o melhor jeito de ser feliz! Muito prazer!

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