O que levar na mochila e não pode faltar.

Vai viajar? Prentende percorrer um país? Quer fazer um Mochilão? Sair por aí? Saiba o que levar na mochila…e o que não levar de jeito nenhum.

Se você tem qualquer um desses objetivos, é fundamental saber o que levar na mochila de quem vai viajar, seja de carro, avião, ônibus, ou até mesmo de carona. Nas nossas andanças pela América do Sul, dirigindo uma caminhonete, por muitas vezes acampamos longe de tudo, percorremos lugares ermos ou fizemos longos trekking, portanto a mochila era uma parte vital. Tudo parece óbvio, só que não.

É muito comum exagerar ou faltar coisa na mochila, quando não se dá a devida importância a ela.

Antes de qualquer coisa, você deve saber qual é a mochila ideal para você, então separei esse post do www.santiagodecompostelainfo.com sobre qual a é melhor mochila e tirar qualquer dúvida sobre como escolher a melhor opção. E tem esse vídeo tambem!

E não tem coisa pior do que o desconforto de carregar uma mochila excessivamente pesada, cheia de coisas inúteis, supérfluas, ou faltar ítens de absoluta necessidade.Veja aqui algumas dicas que podem fazer toda a diferença para sua viagem ser o que você sempre desejou.

A quantidade de ítens

Um dos grandes erros que cometemos ao fazer a Expedição América do Sul, foi na quantidade de ítens que levamos. Basicamente em roupas e calçados. Como tínhamos em mente todos os tipos de climas, terrenos, topografias etc., achamos que deveríamos levar várias opções para todas as situações. E isso foi muito equivocado! Com base nessa experiência, aprendemos que devemos ter em mente que a organização da mochila é extremamente importante. E agora compartilhamos esses aprendizados, para que você não cometa o mesmo erro.

A melhor forma de dimensionar a carga adequada da sua mochila é em PESO e VOLUME e não, necessariamente, na QUANTIDADE de ítens, mas algumas coisas são imprescindíveis e não podem faltar. Vamos explorar aqui os ÍTENS BÁSICOS que tem que levar na mochila, pois os destinos e percursos escolhidos exigirão preparações específicas e formatações adequadas para cada um deles.

O conceito aqui é para situações gerais, logo está adequado visando ao básico. Para cada caso em particular (mochilão, viagem de carro, ônibus etc) deve-se aprofundar mais em todos os detalhes, portanto pesquisar e planejar serão fundamentais para o melhor preparo do que levar na mochila.

Ah esse artigo é sobre o peso da mochila? Nãooooo!

O artigo não é sobre o peso da mochila, mas já que tocamos no assunto, estima-se que o ideal da mochila seja 10% do peso da pessoa, icluindo aí o peso da própria mochila vazia.

Se sua mochila vazia pesa 1,5 Kg e você pesa 80 Kg, o cálculo seria: 80Kg x 10% = 8Kg – 1,5Kg = 6,5 Kg o peso adequado a incluir na mochila para você carregar, pois o 6,5Kg de coisas que vai dentro da mochila, somados ao 1,5kg da própria mochila, totaliza os 8,0 Kg que são os 10% do seu peso estimado de 80 Kg. Ah, acredite para uma caminhada longa, qualquer grama faz enorme diferença.

A ideia desse artigo é falar sobre os componentes que o viajante vai levar e não quanto às condições ergonômicas, envolvendo peso, massa, volume, efeitos na coluna vertebral etc. Também não se pode confundir os limites da sua mochila com a quantidade de carga que um trabalhador deve suportar. São grandezas e aplicações completamente diferentes. Para esse tipo de assunto, sobre peso e volume que uma pessoa suporta (inclusive da mochila, claro), existem diversas abordagens científicas mais apropriadas e recomenda-se consultar um ortopedista ou seu médico para orientações mais técnicas.

Como dimensionar o que levar na mochila

Para definir corretamente tudo o que você precisa para sua jonada, é necessário ter foco em: quanto tempo dura sua viagem, as condições climáticas do percurso e do seu destino, a forma de transporte e locomoção, as atividades que pretende realizar. Considerados esses aspectos, será bem mais fácil priorizar o que levar na mochila:

• Duração da viagem – isso deveria fazer toda a diferença, mas não é bem assim. Se seu tempo é curto, logo estará de volta para casa e, portanto, com toda sua infra a sua disposição, então não prescisa levar muita coisa, mas se não se atentar, pode deixar de levar coisas importantes. Se você vai para uma longa jornada, considere lavar suas roupas e ter ítens duráveis (falaremos mais adiante). Quando se analisa a duração da viagem, aqui não se deve pensar em “muito ou pouco”, mas sim no “adequado”.

• Condições climáticas do percurso e do destino – é muito comum se pesquisar sobre as condições do destino e esquecer o percurso. Às vezes se vai para lugares muito quentes, mas que para chegar até lá principalmente por terra, irá percorrer zonas bem frias, e vice versa…e, claro, sofrer no percurso (e/ou também no destino). Outra coisa é desprezar as variações climáticas entre noite e dia, bem comum em desertos e selvas, muito quente de dia e extremamente frio de noite.

• Meio de transporte e locomoção – pense que se você for de avião, trem, ônibus, carro, estará melhor protegido de temperaturas extremas, portanto deve-se tomar cuidado para não superdimensionar a mochila (até para não ter despesas extras com excesso de peso/bagagem) e depois também sofrer para carregar, mas há aqueles viajantes que estão de motocicleta, bike, carona, ou mesmo à pé, portanto mais expostos às condições climáticas adversas e a carregar a mochila por longos trajetos, o que pode comprometer a capacidade física ou até a saúde.

• Atividades que pretende realizar – uma vez definido seu percurso e destino, aí já fica mais fácil. Se estiver em uma região de cidade, provavelmente não precisará andar tanto com a mochila, pois poderá guardá-la em algum lugar, embora não seja uma regra, por isso pesquise e planeje. Agora se está em uma região de natureza, selva, montanha, deserto, ou vai fazer um trekking, acampar, deverá levar a mochila com você e, nesse caso, o melhor dimensionamento é quase uma questão de sobrevivência, pois tudo que lhe é essencial tem que estar com você.

O básico, o que levar na mochila.

• Roupas, é claro – A melhor maneira para definir a quantidade de roupas levar na sua mochila, nesse caso, foi o que aprendemos com um Mexicano, que percorria a América de bike, do Alasca a Patagônia. A definição dele era: “leve dois de tudo” (conto melhor a história dele no livro Resenhas de Caminhonete). Ah, o fundamental, as roupas precisam ser leves, o que não significa que não sejam resistentes ao frio. Hoje existem muitas opções de roupas “tecnológicas” que são leves, resistentes e adequadas a temperaturas extremas.

• 02 camisetas de manga curta;
• 02 camisetas de manga longa;
• 01 camisa de flanela;
• 04 peças de roupas íntimas;
• 02 calças (preferencialmente de trekking e, ao menos, uma que vira bermuda);
• 01 blusa fliss;
• 03 pares de meias;
• 01 jaqueta para temperaturas extremas – mas tenha em mente que lugares nessas condições, às vezes tem locação de roupas de neve ou invernos muito rigorosos, lembre, pesquise e planeje;
• 01 par de luvas (claro que se for para o Nordeste brasileiro, esse ítem é dispensável);
• 02 camisas (uma de manga curta outra de manga longa) com UV protect & quick dry – principalmente para trakking.
• dois calçados (um de caminhada);
• 01 sandália.

Atenção!

Para o frio extremo, aposte em uma jaqueta, preferencialmente impermeável, altamente resistente ao frio. É melhor um única dessas, do que várias que não servem. Dica de ouro: em alguns lugares extremos como El Calafate há aluguel desse tipo de vestimenta.

• Primeiros socorros – Uma caixinha contendo itens necessários à primeiros socorros deve ser considerada. Especialmente pessoas que viajam com crianças e idosos, podem estar sujeitas a fatos inesperados, mas também existem pessoas que são afetadas, em maior ou menor grau pelo clima, comida, água, até mesmo ao esforço físico que podem não estar habituadas. Muitas vezes em trilhas de trekking ou visitas a alguns pontos específicos podem ter risco de acidentes e, se ocorrer, pode ser necessário fazer os primeiros socorros, que serão mais eficientes, caso se disponha de algum material básico. Também considere ter medicamentos para atenuar efeitos da altitude, pois muitas pessoas ficam bastante afetadas pelo chamado Mal de Sorochi, com tonturas, dores de cabeça, enjôos etc, principalmente na região dos Andes. Ítens de primeiros socorros são muito mais importantes do que aquela sua roupa de grife.

• Medicamento de uso contínuo – Definitivamente, não pode faltar na mochila. Pessoas, que estão sob medicação de uso contínuo, precisarão assegurar a quantidade de remédios adequada ao tempo de viagem. Em muitos lugares, por onde passamos, simplemente, não existem farmácias, ou, às vezes, podem ser muito simples e não dispõem do seu medicamento específico. Outra sugestão é você ter a sua receita com você, pois há lugares que as farmácias são rigorosas nesses aspecto (como todas deveriam ser). Peça ao seu médico para também incluir o nome genérico / científico do seu medicamento na receita, pois em muitas regiões pode não ter o seu medicamento com a mesma nomenclatura / marca comercial que você está habituado a adquirir.

• Toalha de secagem rápida – existem vários modelos, opte por aquelas de maior absorção e menor volume. Essas toalhas, em geral, são bem leves e ocupam o mínimo de espaço. No caso de alguns modelos, uma toalha de banho cabe praticamente em uma mão apenas.

• Capa impermeável – acho que você não vai querer andar com um guarda chuva por aí, certo? Mas saiba que lugares lindos podem estar sujeitos a chuvas ocasionais e inesperadas, portanto uma boa capa impermeável é fundamental, não só pra não se molhar, mas evitar um resfriado totalmente indesejado. Existem modelos muito leves e com alto nível de impermeabilidade. Nas lojas especializados é possível ver quais são os níveis de impermeabilização.

• Lanterna de cabeça – aqui tenha em mente o seu destino, pois em regiões extremas como selvas, montanhas e desertos, a ausência de iluminação é muito comum, bem como ter caminhos e trilhas acidentadas, portanto para manter sua segurança é importante que você tenha visibilidade e também as mãos livres.

• Capa impermeável para a mochila – Apesar de supor que você optou por uma mochila resistente a água (desconheço existir michila impermeável), dificilmente terá proteção total a fortes chuvas, portanto, uma capa pode ajudar, e muito, a fazer toda diferença para preservar todas as suas coisas.

• Garrafa de água – uma garrafa de água é um muito importante, especialmente se seu roteiro exige caminhadas longas, matar a sede faz toda a diferença para manter a melhor condição física e não se desidratar.

• Canivete – é um ítem que ajuda muito em situações que necessite cortar algo, ou panhar uma fruta, evetualmente preparar algo rápido para comer, ou mesmo em situações inesperadas.

• Protetor solar – mesmo em regiões muito frias, os raios ultravioletas agem com extrema intensidade, então para a segurança da sua saúde, esse é um ítem que te ajudará a manter-se saudável, logo não pode faltar na mochila.

• Barras de cereal – essencial para garantir energia e disposição, atenuando riscos de hipoglicemia, que pode levar a desmaios, ou problemas mais sérios. Manter-se alimentado, enquanto está em um trekking, nem sempre é fácil, ou mesmo possível, e esse ítem pode ajudar bastante.

• Mapa (ou guia do local) – em muitos lugares, mesmo em cidades, os sinais de internet podem ser muito fracos ou até inexistentes, comprometendo obter informações importantes, por isso ter um mapa ,ou guia, do percurso e destino é fundamental para te ajudar a se loclaizar e a ter acesso ao melhor do lugar, também evitando possíveis riscos.

• Artigos de higiene pessoal – o básico, um sabonete, escova, pasta de dente, desodorante, papel higiênico e, claro, absorventes íntimos para as mulheres, são ítens indispensáveis. Talvez você questione o fato de não ter pente, shampoo e condicionador, sei que as mulheres, provavelmente, não gostarão, mas esses ítens, na minha concepção são dispensáveis.

• Manta de microfibra – Esse ítem é importante para alguns casos, que a pessoa pode eventualmente ter que passar a noite a céu aberto (o que não é recomendável em nenhuma hipótese), ou ter que dormir em algum lugar que não em uma casa ou hospedagem, aqui, muito mais do que sugerir o melhor item, vale mais recomendar que você se planeje para evitar essas circunstâncias. No entanto, se a situação é inevável, tenha uma manta para te manter aquecido e não sofrer uma hipotermia. Agora se você está viajando num mochilão, considere um saco de dormir.

• Carregador de celular – esse tenho certeza que você já sabia, sempre é vital ter o seu carregador por motivos obvios.

• Bateria portátil – você pode estar em um lugar com difícil acesso a energia elétrica, logo para dar carga no seu celular será necessário ter a fonte de energia, então considere esse ítem.

• Adpatador de tomadas – os formatos das tomada de energia elétrica não são universais, infelizmente. Muitos países são completamente diferentes. Planeje e pesquise, mas opte por adaptadores universais que sevem em vários formatos.

• Caneta – sim, uma caneta, às vezes ela é, simplesmente, fundamental para anotar informações, direções, localizações e recomendações vitais para o percurso e destino onde você está, muito embora no seu celular tenha bloco de anotações para isso, mas ter uma alternativa “analógica” pode te ajudar muito. Pode ser caneta azul, ou de qualquer outra cor, mas é importante que você tenha.

Dica bônus!

É legal levar uma mochilinha adicional bem menor, para rolezinhos e passeios mais curtos, que não precise levar todas as suas coisas.

Coisas que você deve esquecer

• Se for possível leva, mas não é indispensável – Esqueça! Repito, ESQUEÇA! Para esse tópico, temos que ser absolutamente objetivos. Se não é indispensável, não leve! Simples assim. Pode ter absoluta certeza que se você levar coisas que são dispensáveis, as chaces de você utilizá-las são mínimas. Acredite! E você terá o desconforto do peso e do volume. Não caia nessa tentação, por mais que você curta determinado item, se ele não for indispensável, simplemente deixe-o em casa.

• Revistas – só ocupam espaço e o conteúdo se desatualiza rapidamente, evite. Esse é um exemplo do que não levar na mochila.

• Artigos eletrônicos – muitas vezes são pesados, sensíveis e sem aplicação prática, ou nem mesmo tem as configurações técnicas para uso no local onde você vai.

• Seu videogame – esqueça, não tem utilidade para você e só vai acrescentar peso, volume e preocupação.

• Travesseiros – já vi gente comprometendo o conforto, a praticidade, até a segurança para levar travesseiros. Em vez disso, se você considera um travesseiro fundamental (e pra muita gente é mesmo), leve uma fronha vazia e com sua próprias roupas monte um travesseiro.

• Produtos perecíveis – eles exigem cuidados específico para que mantenham-se conservados e apropriados para o consumo, certamente uma mochila não é o melhor lugar para isso. Sendo que em alguma fronteiras, eles são sumariamente descartados. Esqueça!

• Bola de futebol – não! Sou fã de futebol, levei uma bola da Expedição (que acabei esquecendo em Cafayate), mas não levava na mochila e sim da caminhonete. Numa mochila, ela será um peso a mais e maior volume. Se gosta de um futebolzinho, certamente onde você vai, terá alguem jogando que não precisará da sua bola.

• Brinquedos – se for para distrair o seu filho, ainda vá la, do contrário esqueça. Você está desfrutando de uma linda aventura, indo para lugares incríveis, carregando uma mochila, não tem sentido levar brinquedos.

• Bússola – tem gente que tem uma bússola e nem sabe como usar. Mesmo que você saiba, existem vários aplicativos de bússola para IOS e Adnroid.

• Objetos de valor – evite ter na mochila objetos de valor, como jóias, relógios, acessórios caros, que configurem ostentação e chamem atenção de pessoas maliciosas. Na maioria das vezes, você sequer olha para esses ítens, então eles só ocuparão espaços, aumentarão o peso (lembre pra quem carrega uma mochila, qualquer grama faz diferença), e despertarão maior atenção e preocupações desnecessárias.

As coisas mais legais …

Escolher dentre tantas coisas sensacionais, optar por apenas algumas não é uma tarefa fácil. As pessoas têm uma relação bastante emocional com cada uma das suas experiências, o que pode influenciar qualquer análise, mas vamos lá:

• viajar de mochila proporciona uma liberdade incrível;
• mochilas são bem mais práticas do que mala;
• existem opções sensacionais de mochilas, consulte as lojas e marcas especializadas;
• costurar ou colar bandeiras, símbolos e brasões dos paíeses e lugares onde você esteve na mochila, é uma forma bem legal de marcar seu estilo e personalidade;
• nas estradas, quem está com uma mochila, normalmente, é percebido com carinho e respeito.

E as coisas que você tem que ficar esperto…

Escolher as coisas que você tem que ficar esperto é tão complicado, quanto indicar as melhores, pelos mesmos motivos. A ideia, muito mais que uma crítica é uma forma de alerta para as pessoas poderem se preparar melhor e desfrutar mais de cada experiência:

• não vacile deixando sua mochila sozinha, principalmente em lugares de grande circulação;
• não fique abrindo sua mochila a toda hora em qualquer lugar;
• mulheres devem ficar espertas, jamais aceitem a “gentileza” de carregarem sua mochila;
• atente-se ao peso e volume da mochila, para seu conforto, saúde e segurança, mas também para não pagar excesso de bagagem;
• sua mochila é boa só pra você mesmo, não para as outras pessoas, portanto, fique esperto para não incomodar os outros com a sua mochila;
• se sua mochila é grande e pesada, não leve como bagagem de mão, isso atrapalha todo mundo;
• ao adquirir uma mochila, fique esperto quanto ao peso que suporta, impermeabilidade, compartimentos, funcionalidades, ajustes ao seu tipo físico.
• Evite armazenar qualquer ítem molhado ou úmido na sua mochila,
• com uma mochila racionalizada, suas variações de roupas serão limitadas, então use a criatividade para escolher cores e modelos, senão você aparecerá igual ou muito parecido em todas as fotos.

Atenção!

Todos as fotos de produtos deste post são meramente ilustrativas. Não significando recomendações de compra por parte do Blog.

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